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Por que o preço do arroz está tão alto?

No último mês, todo mundo se assustou com a alta do preço do arroz, justamente em um momento que a pandemia tem prejudicado o poder de compra de muita gente. Mas por que isso está acontecendo?


Entre janeiro e agosto deste ano, o preço médio do arroz aumentou 25,7%. Esse número é o maior, para o mesmo período, desde 2008, segundo o APAS (Associação Paulista de supermercados). O aumento considerando o mês de setembro tende a ser ainda mais assustador.


Nós já falamos sobre aumento de preços aqui no blog, lembra? Foi no texto O que essa tal de inflação pode fazer?. A alta no preço do arroz tem tudo a ver com o que escrevemos nesse artigo.


Não existe uma receita de bolo para evitar ou controlar um preço. Vários fatores influenciam nessas variações de preço. Elas podem ser variações generalizadas, como em um cenário de hiperinflação, mas podem ser também específicas de determinado setor ou produto, como é o caso do arroz atualmente.


Segundo um estudo do APAS, em parceria com a FIPE (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), o aumento tem dois principais motivos: o aumento da exportação de arroz no Brasil e a diminuição da colheita na Índia, que é um dos principais produtores de arroz no mundo e também fornece o grão para o Brasil.


Mas, se produzimos arroz aqui, por que precisamos comprar da Índia?


Imagine que você é um produtor de arroz no Brasil. você iria preferir vender seu arroz para o mercado interno, e ser pago em reais, ou para o mercado externo, com pagamento em dólares?


Os produtores brasileiros fazem as duas coisas. Parte de suas safras são vendidas ao exterior e parte são vendidas ao mercado brasileiro.


No entanto, com a recente alta do dólar em relação ao real, a exportação tem sido mais atrativa, e logo a venda do produto ao mercado interno se tornou mais cara, para poder compensar ao produtor o dinheiro que ele poderia estar ganhando se vendesse essa parcela de suas plantações para fora do país. Esse é um dos fatores que tem contribuído para o aumento do preço.


Mas com essa dinâmica, só a produção brasileira não iria conseguir abastecer toda a demanda de arroz que o Brasil tem. Afinal, o nosso prato mais característico é o famoso arroz com feijão (com o feijão POR BAIXO do arroz). Por isso, também precisamos importar arroz de fora do país.


E um dos nossos fornecedores é justamente a Índia. Se há uma redução de colheita e o mercado tem a mesma demanda, o preço naturalmente aumenta, e esse aumento é repassado até as prateleiras dos mercados.

Para ajudar com esse segundo fator, o governo federal zerou o imposto que cobrava pela importação do arroz, possibilitando que o varejo consiga reduzir um pouco o preço ao consumidor final. Ainda assim, é possível que o preço suba ainda mais.


Segundo a Ministra da Agricultura, Tereza Cristina, o auxílio emergencial e o confinamento fizeram com que a população estocasse mais comida em casa, o que aumentou a demanda e também podem ter sido motivo do aumento de preços.


A ministra ainda apontou que o preço do arroz deve começar a reduzir em janeiro, com a safra do produto em Santa Catarina. Isso deve aumentar a oferta na produção nacional e, consequentemente, reduzir o valor.


O próprio governo abriu investigação para saber se há abuso na precificação do arroz por parte dos mercados, mas não há nada conclusivo quanto à essa hipótese. Nos resta esperar até janeiro para vermos se realmente o jogo vai começar a virar.


Com uma boa gestão financeira, ainda é possível manter o arroz sempre na mesa. E para isso, você pode contar com a nossa ajuda! Baixe a nossa planilha de controle financeiro clicando aqui e mantenha suas despesas sempre organizadas para não deixar faltar nada no seu almoço de domingo!


Até o próximo artigo o/


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