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Esperança - Parte 1

Vivemos uma situação sem precedentes devido à pandemia de coronavírus. Com os louváveis esforços para salvar vidas e não gerar colapso nos sistemas de saúde, a quarentena trouxe dificuldades para àqueles que dependem do trabalho presencial para se sustentar e já instalou uma crise econômica, trazendo muitas incertezas sobre o futuro. Hoje, vamos iniciar a série de artigos Esperança, trazendo motivos para você acreditar que essa crise vai ser superada e que você pode aproveitar oportunidades mesmo em meio a ela.


No Brasil, temos um histórico de taxas muito altas para o crédito, seja de cartão, cheque especial, empréstimo, as taxas sempre foram muito altas se comparadas com as de outros países emergentes e desenvolvidos. Dois dos motivos principais são a taxa de inadimplência e a inflação descontrolada, que já foram problemas muito sérios no Brasil.


Quando se acontece uma crise, mais pessoas precisam de dinheiro emprestado, e ao mesmo tempo, menos pessoas conseguem pagar. Para compensar o prejuízo, os bancos precisam aumentar as taxas de novos empréstimos. Mais pessoas não conseguem pagar, se tornam endividadas, têm dificuldades para consumir produtos e aqueles que conseguem pagar, pagam por eles mesmos e pelos inadimplentes. Quando esse empréstimo é voltado ao comércio, esse preço é repassado ao consumidor, que já tem mais dificuldade de comprar porque está endividado. Neste ciclo, um país fica perto de quebrar.


O resultado desse fenômeno é o gráfico abaixo:


Esse é um retrato de como a taxa SELIC, a taxa básica de juros do Brasil, evoluiu na crise econômica entre 2014 e 2016. As taxas praticadas no crédito acompanhavam o crescimento da taxa SELIC, e assim o país era um dos mais caros do mundo, e poucos brasileiros podiam pagar esse preço.


Mas em 2016, o jogo começaria a virar no crédito brasileiro. Foi idealizada, pelo Banco Central, a Agenda BC+. Essa agenda era nada mais que conjunto de 4 premissas que a entidade máxima da economia do país seguiria para impulsionar a economia, que eram:


  • Mais cidadania financeira

  • Legislação mais moderna

  • Sistema financeiro mais eficiente

  • Crédito mais barato


Pareciam ser pontos muito vagos, e ninguém sabia se isso realmente iria ajudar a economia. Mas o método acabou funcionando, e a partir disso houveram diversas iniciativas do próprio Banco Central para modernizar a regulamentação do mercado de crédito, aumentar a competitividade e, por consequência, deixar o crédito mais barato.




Entre 2016 e 2020, a taxa SELIC passou de 14,25% ao ano para 3,75% ao ano, menor valor da história e que está sendo considerado atualmente. Isso quer dizer que empresários e consumidores terão mais facilidade do que nunca para investir em seus negócios e consumir regularmente, o que vai ajudar muito na recuperação da crise provocada pela Covid-19.


Isso não é um convite ao consumo desenfreado, que pode ocasionar novamente em aumento da inadimplência e consequentemente em subidas bruscas da taxa. Pensando nisso, a agenda BC+ foi reformulada em 2019, se transformando em BC#, adicionando a educação financeira como um de seus pilares, com projetos de disseminar o consumo consciente e fazer com que isso ajude o país a ter uma economia saudável.


Mas como faz para a taxa SELIC cair tanto assim, do nada? Bom, apesar desta taxa ser definida por um comitê do Banco Central, ela não resulta de uma simples canetada. Um fator que ajudou muito na queda dessa taxa foi o aumento de competitividade dentro do mercado de crédito: você já havia visto tantas fintechs e bancos digitais? Pois é, com o surgimento de empresas de tecnologia que conseguem oferecer crédito com muito menos custo de infraestrutura de bancos tradicionais, o consumidor ganhou várias opções de condições de empréstimos, cartões, o que naturalmente gera uma guerra de preços. O papel do Banco Central foi ajudar na regulamentação dessas fintechs e fazer a SELIC acompanhar o preço que o mercado conseguia oferecer. De forma bem resumida, depois de colocar fogo no parquinho dos grandes bancos, o preço foi caindo naturalmente e a taxa SELIC acompanhou, e esse é o cenário que temos hoje.


Então, pessoal, o crédito tende a ficar mais barato do que nunca foi. E, sendo barato, ajuda tanto empresas a se reerguerem e gerarem empregos, quanto o consumidor a comprar e aquecer o mercado.


Esse artigo foi feito com muito carinho, de coração, tentando plantar um pouquinho de esperança no coração de vocês de que vamos conseguir vencer mais essa crise. Amanhã, também às 19h, vou trazer mais um texto como esse para lembrar que nem tudo está perdido. Para entender mais dessa explosão de fintechs no Brasil e no mundo e como isso pode te ajudar a economizar, O guia essencial das Fintechs vai te ajudar. Uma leitura rápida, muito em conta e que pode te ajudar muito nesse momento.


Até amanhã, pessoal o/

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