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Eita... e agora?!

Imagina que na sua vida está tudo bem, tudo na maré mansa, e do nada as coisas começam a dar errado, vem uma crise financeira, desemprego ou até mesmo uma pandemia?? Essa parte nem precisa mais imaginar, né… Mas nessas horas, você tem alguma reserva financeira para contar? Se não tem, vem cá que eu te ensino a fazer


Falamos muito aqui sobre investimentos, mas você deve ter notado que, na maioria das vezes, as estratégias de investimento ajudam mais no longo prazo do que no curto prazo, e às vezes precisamos de um valor para contar no curto prazo se algum problema acontecer. Nesse momento, precisamos dessa reserva. E ela tem que ser feita antes de qualquer outro tipo de investimento.


Para começarmos a entender como montar nossa reserva de emergência, vamos começar com duas regras que vão ser pilares não só para nossa reserva, mas para todos os nossos investimentos:


  1. Nunca sabemos quando uma emergência vai acontecer. Por isso, o melhor momento para se ter uma reserva de emergência foi ontem. Hoje, já estamos atrasados.

  2. A vida já nos traz o risco de uma catástrofe acontecer. Você não precisa adicionar mais risco ainda quando for fazer a sua reserva de emergência. Por isso, na hora de criar uma reserva de emergência, a palavra número 1 é a segurança. Deixe a rentabilidade em segundo plano nesse momento.


Dadas essas duas regras, vamos pensar em como podemos montar essa reserva. Primeiramente, precisamos entender de quanto valor vamos precisar ter nela. Muitos estudos foram feitos para se chegar a uma conclusão de quanto é necessário para dar segurança, e a conclusão foi de que esse valor seria correspondente a 6 meses do seu custo fixo mensal. Isto é, essa reserva tem que te garantir 6 meses de contas pagas.


A partir daí, temos que pensar em dois riscos que você não pode correr em sua reserva de emergência:


  • Risco de mercado: é o risco que você tem de perder dinheiro dependendo de como o mercado se comporta. As ações, por exemplo, estão sujeitas a esse risco.


  • Risco de liquidez: é o risco do seu dinheiro ficar “preso”. Como você não sabe quando um imprevisto pode acontecer, esse valor tem que estar disponível para resgate a qualquer momento.


Beleza, já sabemos quais regras seguir, quais riscos evitar e de quanto precisamos. Agora fica fácil: você lembra dos investimentos videntes? Então, como não podemos correr risco desse valor ficar menor do que o valor investido, é para a renda fixa que vamos correr agora.


Mas você também deve se lembrar que os títulos de renda fixa tem uma data de liquidação, e você não pode tirar o dinheiro que está lá antes dessa data, senão não recebe os seus rendimentos. Acontece que nem todos os títulos de renda fixa são assim: alguns deles têm liquidez imediata, e podem ser resgatados, com juros, a qualquer momento.


Os títulos de liquidez imediata que existem são o Tesouro Selic e alguns CDB’s. E aí provavelmente você vai me dizer: mas a selic está muito baixa, escritor!! Quer me deixar pobre? Calma, minha gente. Sobe um pouquinho e vê a segunda regra de novo: precisamos focar primeiro em segurança, depois em rentabilidade. Os títulos de liquidez imediata rendem menos porque são menos seguros para quem recebe esse investimento.


Imagine que você recebe um dinheiro emprestado, mas sabendo que a pessoa que te emprestou pode tirar ele de você qualquer momento. Você iria aceitar pagar juros altos por esse dinheiro, que você nem tem uma garantia que vai poder usar por muito tempo? Pois é, para os bancos e para o Tesouro Nacional, é isso que acontece em um título de liquidez imediata. Mas, do lado dos investidores, essa flexibilidade é necessária para nos dar segurança até para fazer outros investimentos mais ousados.


A poupança também tem essa característica, mas ela rende ainda menos que o Tesouro Selic, então não vale a pena. Melhor mesmo é focar no Tesouro e nos CDB’s para isso.


Depois de ter sua reserva prontinha, com seus 6 meses de custo mensal fixo, aí você pode dar vôos mais altos e investir em títulos mais rentáveis, com menos liquidez, e na renda variável, dependendo do seu perfil de risco*.


Eeeee como sempre, eu vou te ajudar a se aprofundar mais! Para isso, dá uma lida no livro Dinheiro: Os segredos de quem, de Gustavo Cerbasi para você aprender a fazer sua reserva de emergência, tomar as melhores decisões com seu dinheiro e ter sempre segurança de que não vai faltar o básico.


*Vou explicar isso em um outro texto muito em breve.


Abraços e até a próxima! o/



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