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Nota de R$ 200: Por quê?

Foto do escritor: Rodrigo AraujoRodrigo Araujo

O Banco Central anunciou ontem (29/07/2020) a criação de uma nota de 200 reais, representada pelo lobo-guará. Além dos memes, está todo mundo tentando entender: para que vai servir ter mais uma nota em circulação?


Entre as especulações sobre o motivo dessa decisão, a primeira preocupação que surgiu foi a respeito da nossa já conhecida inflação. Pela lógica, imprimir mais dinheiro sem que a produção de riqueza do país aumente na mesma proporção só desvaloriza a moeda, certo? Então o Banco Central está querendo voltar aos tempos de hiperinflação?


Não necessariamente. Uma moeda nova não quer dizer, necessariamente, que vai ter mais circulando. Pode haver até menos. Isso vai depender não da quantidade de papel moeda que vai estar sendo emitida, e sim do valor total dessa produção.


Imagine que você precisa sacar 300 reais. Você pode receber esse valor com 6 notas de 50 reais, mas ele também pode vir por uma nota de 200 reais e uma nota de 100 reais. A quantidade de papel muda, mas o valor não, e na produção funciona da mesma forma: se o valor produzido se mantiver como o previsto, a quantidade de papéis que serão usados para se chegar nesse valor não altera nada na inflação.


Mas como garantir que o valor produzido vai se manter o mesmo?


Segundo a diretora de administração do Banco Central, Carolina de Assis Barros, o que controla o valor produzido em papel moeda é um sistema de metas para o controle da inflação, e que esse sistema não vai ter nenhuma alteração com a entrada da nova cédula.


Basicamente, a criação da nota de 200 reais servirá para diminuir os custos da produção do dinheiro. Durante a crise provocada pelo novo coronavírus, ocorreu um processo de entesouramento, em que as pessoas procuram sacar dinheiro dos meios digitais e estocar dinheiro físico como reserva de emergência. Somando isso com os saques do auxílio emergencial, que também eram feitos com dinheiro físico, o valor em circulação do papel-moeda foi de 247 bilhões de reais, em janeiro, para 337 bilhões, no dia 29/07, data do anúncio da medida.


Isso tem dificultado a impressão da casa da Moeda e a logística para distribuir todo esse dinheiro nas notas que temos hoje. Com isso, a nota de 200 reais conseguiria fazer com que a mesma demanda fosse suprida utilizando menos papel.


E os pagamentos digitais?


Nos últimos anos, o Banco Central tem estimulado a digitalização dos meios de pagamento. Por que então mexer agora no meio físico? Segundo a diretora Carolina Barros, o estímulo à digitalização dos pagamentos vai continuar, e a criação da nova cédula é um ajuste a uma demanda que já existe. Em outras palavras, a medida é mais consequência do que causa.

Outra preocupação é de que a nota facilitaria crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. Os criminosos geralmente usam dinheiro físico, para que as propinas não sejam rastreáveis, e com uma nota maior poderiam transportar grandes quantias em um volume menor, facilitando o processo. Na Europa, existia essa hipótese quanto à extinta nota de 500 Euros, mas nada foi comprovado quanto à relação dessas notas com esse tipo de crime, e nem existem evidências de que eles teriam diminuído com a sua retirada de circulação.


O grande desafio vai ser conseguir troco para compras com essa nova nota. Os pequenos comerciantes vão precisar ter um caixa de troco maior, e vão ter que adaptar sua organização para receber o lobo-guará. E para te ajudar a como administrar seu dinheiro contando com essas novas notas, pode contar com a nossa Planilha de Controle Financeiro, onde você pode colocar todas as suas entradas e saídas, Fazer análises completas sobre seus gastos e dar um passo a mais para sua Liberdade Financeira. Clique aqui para conhecer


Qual é a sua opinião? E quando será que nosso vira-lata caramelo terá uma homenagem à sua altura? Comenta com a gente!


Até o próximo artigo o/



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